sábado, 22 de março de 2014

BIBLIOBULLYNG

22 MARÇO 2014

Faça alguém as apreciações mais cruéis sobre a justiça, a medicina, a burocracia, as ciências positivas, a filosofia, etc, ninguém protestará mas escreva alguém duas linhas contra as religiões e seus malefícios; é um herege ! Na região autónoma dos Açores tem vindo a proliferar as seitas e religiões neste bastião catolicista. É no mínimo preocupante que estes agitadores de doutrinas quais abutres oportunos que cheiram de longe as crises e "carnificinas" para se instalarem com banca de venda de pedaços de céu aos abulicos constituindo grandes fortunas à custa dessa abulia dos povos. Fazer crer que o seu deus é único e autêntico, que a sua bíblia é que diz a verdade, que a chave para a "salvação" são eles que a têm ! Este bibliobullyng intensivo manipulador da liberdade individual é condenável a qualquer título. A liberdade de expressão é um direito inalienável do povo Português conquistada pela revolução do 25 de abril de 1974. No regime salazarista estas seitas e religiões eram proibidas apenas a religião católica era opção única. Hoje são livres todos os que decidem escolher a marca da viatura que os conduzirá ao céu. O tradicionalismo catolicista tem vindo a perder terreno e fiéis motivado pelos imensos abusos e crueldades que ninguém imaginava serem possíveis ; contudo, as seitas e religiões que tem vindo gradativamente a instalar-se neste país estão muito distantes da alternativa de fé que todos desejamos isenta e livre. Estas seitas e religiões são um gigantesco negócio com facilidades fiscais e fugas ao fisco impossíveis de controlar, por conseguinte o céu na terra; para os donos está visto. Temo que Salazar tivesse razão! Na realidade as seitas e religiões são desde sempre o motivo porque o mundo não vive em paz, geradoras de guerras e ódios entre a humanidade ao invés do que que barafustam nas suas falsas doutrinas pacifistas. Entendo um único Deus difusor da alegria da paz e da liberdade entre os homens de boa vontade onde todos somos filhos queridos em igualdade e amor de forma grátis não comprometida a qualquer seita ou religião. Convém fazer crer sem muita dificuldade num deus trombudo castigador exigente sedento de vingança e oração, caso contrário irrita-se por tudo e por nada e faz "chover canivetes". Convém ainda manter o senhor calmo com a coleta do dízimo em dia para que nesta crise não lhe escape um cêntimo para multiplicar a fortuna do cofre do senhor. Quanto ao diabo, e à sua existência, não resta dúvidas que existe mesmo figurado nos propagadores destas seitas e religiões em secreta parceria com os seus deuses; dois em um ! Preocupa este bibliobullyng que já utiliza tecnologia de ponta como sms num persistente e usurpador sistema intrusivo na vida de quem não os deseja "nem que a vaca tussa" tem mais que fazer e não quer contribuir para engordar fortunas de manipuladores e oportunistas além dos que nos governam. Livremente o desejo!

segunda-feira, 17 de março de 2014

... NÃO TE ESTIQUES QUE O MACACO FICA-TE CURTO !

17 MARÇO 2014

Frase que assenta como luva neste país à beira mar plantado!
São tais os excessos de "esticanços" a todos os níveis que para muitíssimos já não há macacos que lhes sirvam.
Para fazer "pandan" com a anarquia governativa são cada vez em maior número os que se esticam até à nudez engrossando as fileiras dessa mesma anarquia numa passividade e subserviência consentida de rabo alçado à mercê das constantes violações sádicamente aceites. Perante esta dura e incompreencível realidade oferece-se terreno fértil aos oportunistas que vêem  na crise a oportunidade de se esticarem a seu bel-prazer sem oposição de qualquer natureza. Por cá, o secretário regional da saúde tomou uma medida de excelência não permitindo que os médicos especialistas vindos de fora usurpassem mais o erário público utilizando equipamento hospitalar e fazendo-se pagar por isso! Muito bem! E agora? Claro que esses mesmos especialistas, na ausência da mama, negam deslocar-se cá, ou melhor, vem às clínicas privadas onde não há acesso às minorias que vêem assim negado o seu direito inalienável à saúde. Será que assistimos a um novo holocausto científicamente calculado???
O secretário regional da saúde esticou-se e o macaco ficou-lhe curto.
As deslocações de doentes dentro e fora da região são de profunda injustiça social por parte do governo regional dos Açores que persiste em adoecer quem tem a infelicidade de já se encontrar doente. Pura barbárie!
Portos, barcos, hospitais, novos sem operacionalidade, empreitadas que não são cumpridas, turismo classe zero são ingredientes "progressistas " atribuídos à crise e jamais a este desgoverno que se esticou e o macaco ficou-lhe curto.
As "revoltas" de café deste povo são  gigantescas ! Conspira-se, ameaça-se, esgrimem-se no ar armamentos de tecnologia de ponta "vistos na tv" cospe-se para o ar, entretanto à luz do sol e da preocupante realidade os silêncios são fétidos .
Também aqui o povão estica-se e o macaco fica-lhes curto!
Todos os bens essenciais de consumo aumentam de preço, muitos diariamente outros não tem a qualidade exigida em consonância com o preço pago pelo consumidor, vende-se "urina pagando água  de colonia" num "descuido" propositado das benesses  da crise oportunista e sem lei . As grandes superfícies comerciais esticam-se e o macaco fica-lhes muito bem, é de boa fazenda!
As operadoras de telecomunicações deste país esticam-se sem qualquer pejo de o macaco encolher estão no paraíso da permissividade .
Até quando continuarei a escrever mais do mesmo, e seremos capazes de suportar tamanhas injustiças de toda a ordem que proliferam epidemicamente de forma devastadora expirando valores humanos numa crise, essa sim, que nos conduz gradativamente à mediocridade colectiva de uma sobrevivência inglória.
Precisamos ser lógicos, frequentemente solidários um por todos todos por um e acreditar nem que seja na utopia de um país mais justo e solidário para todos.
"Sei que jamais conseguirei alcançar a utopia! Então para que serve?! Para isso mesmo, para caminhar ! " (*)
Nunca tenha-mos medo de dizer não quando a razão nos assiste, acreditando sempre na unidade e na gigantesca força que a mesma possui quando utilizada com as razões que nos assistem.
...e nunca se estique só, que o macaco fica-lhe curto!

(*) citei Eduardo Galeano) (Texto de opinião pessoal e colectivo protegido por copyright) ensaiosobrealucidez53blogspot.com

sábado, 8 de março de 2014

Militares Portugueses mendigam

07 MARÇO 2014, 22:14 “Militares mendigam restos de refeições”, alertam associações em carta ao TC NUNO RIBEIRO 07/03/2014 - 16:25 Iniciativa das três associações de profissionais das Forças Armadas insere-se na campanha "2014, o ano em que exprimir a indignação já não é suficiente". Os militares têm feito manifestações ENRIC VIVES-RUBIO Numa carta entregue ao princípio desta tarde ao Tribunal Constitucional (TC) as associações de oficiais, sargentos e praças das Forças Armadas traçam um quadro negro da actual situação militar. “Limitamo-nos a ter presentes situações, inimagináveis há apenas alguns anos, em que militares têm que mendigar os restos das refeições servidas nas suas unidades para conseguirem alimentar os seus”, alertam. Esta iniciativa conjunta da AOFA (Associação de Oficiais das Forças Armadas) e das associações de sargentos (ANS) e praças (AP) junto do TC tem como único objectivo informar aquele órgão, já que aos juízes-conselheiros do Constitucional, organizações de cidadãos ou cidadãos individualmente não podem submeter pedidos de verificação de constitucionalidade. Recorda-se que este envio se insere na denominada iniciativa pública decidida para o corrente ano pelas três associações profissionais sob o lema “2014: o ano em que exprimir a indignação já não é suficiente”. Mas o que está em causa, no quarto ano consecutivo de austeridade, são as medidas previstas no Orçamento do Estado para 2014 em relação às Forças Armadas. Da redução de remunerações às promoções, da situação dos militares em regime de voluntariado e contrato, passando pela redução de efectivos, degradação da associação social complementar ou a extinção do fundo de pensões. São referidas ainda situações de dupla e tripla tributação aos militares na reforma, devido à contribuição extraordinária de solidariedade e ao orçamento rectificativo, e o corte nas pensões de sobrevivência das viúvas. As alterações à assistência na doença e às regras do suplemento de residência constam também das queixas das associações ao TC. Para além do recurso à sobras alimentares, a AOFA, ANS e a AP revelam que, por falta de meios para viajarem, militares deslocados da sua residência não prestam apoio presencial às famílias e admitem situações de insolvência. “Resolvemos dar a conhecer ao Tribunal Constitucional algumas das muitas situações em concreto, não duvidando de que elas serão decisivas para formular os juízos que se impõem”, conclui a missiva. (Por favor deixe o seu comentário)

sexta-feira, 7 de março de 2014

Notícias no masculino

07 MARÇO 2014

Sexta, 07 de Março de 2014 Cantora Lily Allen prefere homens que não ligam à aparência Lily Allen gosta de homens másculos e não gosta que estes se preocupem demasiado com a aparência.
FAMA DR | Por Showbiz
"Gosto quando meu marido se levanta de manhã, passa cerca de 12 segundos a ver-se ao espelho e depois sai. Não gosto de homens vaidosos, não gosto sequer que usem after shave. Os homens devem ser homens. Sair de casa, ganhar dinheiro, voltar e cuidar dos filhos".
É este o entendimento de Lily Allen. A cantora de ‘Air Balloon’ não gosta que os homens se preocupem demasiado com as aparências e prefere que sejam másculos.
A artista confessou, ainda, que as suas prioridades se alteraram com a maternidade e que fica muito feliz quando tem meia hora para brincar com as crianças antes de irem dormir.
“Na última vez em que lancei um álbum era muito diferente. Queria ir a festas e ficar bêbada. Era a minha motivação. Agora é muito diferente”, afirmou.

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quarta-feira, 5 de março de 2014

Notícias Inconvenientes

03 MARÇO 2014

Falta de sexo

Flórida Viúva de 58 anos liga para o 112 por precisar de relações sexuais Uma viúva de 58 anos foi detida depois de ter ligado para o 112, várias vezes, pedindo sexo. A polícia chegou mesmo a deslocar-se à casa da mulher, que acabou detida por uso indevido da linha de emergência.
MUNDO DR Por Notícias Ao Minuto
Depois de ter perdido o marido, que era oficial da polícia de Nova Iorque, há alguns anos, uma mulher americana ligou para a linha de emergência 911 (em Portugal, o 112), para pedir sexo, de acordo com o Daily Mail. “Não tenho relações sexuais há vários anos,”, disse a viúva de 58 anos ao telefone, antes de as autoridades se deslocarem à sua casa, na Flórida. Depois das autoridades terem tomado conta do caso, Maria Montanez-Colon voltou a ligar para o mesmo número, dizendo que tinha tido relações sexuais com o agente que ficou responsável pela ocorrência. Acabou por ser detida por uso indevido da linha de emergência.

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Notícias Inconvenientes

04 MARÇO 2014

Terça, 04 de Março de 2014 Vídeo Papa engana-se e diz palavrão A pronúncia pode tramar qualquer um e desta vez nem o Papa escapou. No último domingo, Francisco pronunciou mal a palavra ‘caso’ e disse, sem intenção ‘cazzo’, um comum palavrão na língua italiana, conta o Daily Mail.
  Tinha tudo para ser mais uma missa dominical como tantas outras, não fosse o Papa cometer uma gaffe que não caiu muito bem a alguns fiéis.
Segundo o Daily Mail, durante a oração do Angelus, Francisco pronunciou mal a palavra ‘caso’ e disse ‘cazzo’, um típico palavrão italiano e com significado idêntico ao começado por ‘f’ em português. Contudo, o termo ‘cazzo’ é usado ainda como sinónimo pejorativo de pénis.
O erro de Francisco foi de imediato retificado pelo próprio, mas, como de costume, a Internet não perdoa e o vídeo da oração com a gaffe do Papa já corre as redes sociais.

Veja o engano a partir do minuto 5.

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Notícias Inconvenientes

05 MARÇO 2014

Quarta-Feira, 05 de Março A história secreta da renúncia de Bento XVI 14/02/2013 - Copyleft A história secreta da renúncia de Bento XVI A A+ Eduardo Febbro

Paris - Os especialistas em assuntos do Vaticano afirmam que o Papa Bento XVI decidiu renunciar em março passado, depois de regressar de sua viagem ao México e a Cuba. Naquele momento, o papa, que encarna o que o diretor da École Pratique des Hautes Études de Paris (Sorbonne), Philippe Portier, chama “uma continuidade pesada” de seu predecessor, João Paulo II, descobriu em um informe elaborado por um grupo de cardeais os abismos nada espirituais nos quais a igreja havia caído: corrupção, finanças obscuras, guerras fratricidas pelo poder, roubo massivo de documentos secretos, luta entre facções, lavagem de dinheiro. O Vaticano era um ninho de hienas enlouquecidas, um pugilato sem limites nem moral alguma onde a cúria faminta de poder fomentava delações, traições, artimanhas e operações de inteligência para manter suas prerrogativas e privilégios a frente das instituições religiosas. Muito longe do céu e muito perto dos pecados terrestres, sob o mandato de Bento XVI o Vaticano foi um dos Estados mais obscuros do planeta. Joseph Ratzinger teve o mérito de expor o imenso buraco negro dos padres pedófilos, mas não o de modernizar a igreja ou as práticas vaticanas. Bento XVI foi, como assinala Philippe Portier, um continuador da obra de João Paulo II: “desde 1981 seguiu o reino de seu predecessor acompanhando vários textos importantes que redigiu: a condenação das teologias da libertação dos anos 1984-1986; o Evangelium vitae de 1995 a propósito da doutrina da igreja sobre os temas da vida; o Splendor veritas, um texto fundamental redigido a quatro mãos com Wojtyla”. Esses dois textos citados pelo especialista francês são um compêndio prático da visão reacionária da igreja sobre as questões políticas, sociais e científicas do mundo moderno. O Monsenhor Georg Gänsweins, fiel secretário pessoal do papa desde 2003, tem em sua página web um lema muito paradoxal: junto ao escudo de um dragão que simboliza a lealdade o lema diz “dar testemunho da verdade”. Mas a verdade, no Vaticano, não é uma moeda corrente. Depois do escândalo provocado pelo vazamento da correspondência secreta do papa e das obscuras finanças do Vaticano, a cúria romana agiu como faria qualquer Estado. Buscou mudar sua imagem com métodos modernos. Para isso contratou o jornalista estadunidense Greg Burke, membro da Opus Dei e ex-integrante da agência Reuters, da revista Time e da cadeia Fox. Burke tinha por missão melhorar a deteriorada imagem da igreja. “Minha ideia é trazer luz”, disse Burke ao assumir o posto. Muito tarde. Não há nada de claro na cúpula da igreja católica. A divulgação dos documentos secretos do Vaticano orquestrada pelo mordomo do papa, Paolo Gabriele, e muitas outras mãos invisíveis, foi uma operação sabiamente montada cujos detalhes seguem sendo misteriosos: operação contra o poderoso secretário de Estado, Tarcisio Bertone, conspiração para empurrar Bento XVI à renúncia e colocar em seu lugar um italiano na tentativa de frear a luta interna em curso e a avalanche de segredos, os vatileaks fizeram afundar a tarefa de limpeza confiada a Greg Burke. Um inferno de paredes pintadas com anjos não é fácil de redesenhar. Bento XVI acabou enrolado pelas contradições que ele mesmo suscitou. Estas são tais que, uma vez tornada pública sua renúncia, os tradicionalistas da Fraternidade de São Pio X, fundada pelo Monsenhor Lefebvre, saudaram a figura do Papa. Não é para menos: uma das primeiras missões que Ratzinger empreendeu consistiu em suprimir as sanções canônicas adotadas contra os partidários fascistóides e ultrarreacionários do Mosenhor Levebvre e, por conseguinte, legitimar no seio da igreja essa corrente retrógada que, de Pinochet a Videla, apoiou quase todas as ditaduras de ultradireita do mundo. Bento XVI não foi o sumo pontífice da luz que seus retratistas se empenham em pintar, mas sim o contrário. Philippe Portier assinala a respeito que o papa “se deixou engolir pela opacidade que se instalou sob seu reinado”. E a primeira delas não é doutrinária, mas sim financeira. O Vaticano é um tenebroso gestor de dinheiro e muitas das querelas que surgiram no último ano têm a ver com as finanças, as contas maquiadas e o dinheiro dissimulado. Esta é a herança financeira deixada por João Paulo II, que, para muitos especialistas, explica a crise atual. Em setembro de 2009, Ratzinger nomeou o banqueiro Ettore Gotti Tedeschi para o posto de presidente do Instituto para as Obras de Religião (IOR), o banco do Vaticano. Próximo à Opus Deis, representante do Banco Santander na Itália desde 1992, Gotti Tedeschi participou da preparação da encíclica social e econômica Caritas in veritate, publicada pelo papa Bento XVI em julho passado. A encíclica exige mais justiça social e propõe regras mais transparentes para o sistema financeiro mundial. Tedeschi teve como objetivo ordenar as turvas águas das finanças do Vaticano. As contas da Santa Sé são um labirinto de corrupção e lavagem de dinheiro cujas origens mais conhecidas remontam ao final dos anos 80, quando a justiça italiana emitiu uma ordem de prisão contra o arcebispo norteamericano Paul Marcinkus, o chamado “banqueiro de Deus”, presidente do IOR e máximo responsável pelos investimentos do Vaticano na época. João Paulo II usou o argumento da soberania territorial do Vaticano para evitar a prisão e salvá-lo da cadeia. Não é de se estranhar, pois devia muito a ele. Nos anos 70, Marcinkus havia passado dinheiro “não contabilizado” do IOR para as contas do sindicato polonês Solidariedade, algo que Karol Wojtyla não esqueceu jamais. Marcinkus terminou seus dias jogando golfe em Phoenix, em meio a um gigantesco buraco negro de perdas e investimentos mafiosos, além de vários cadáveres. No dia 18 de junho de 1982 apareceu um cadáver enforcado na ponte de Blackfriars, em Londres. O corpo era de Roberto Calvi, presidente do Banco Ambrosiano. Seu aparente suicídio expôs uma imensa trama de corrupção que incluía, além do Banco Ambrosiano, a loja maçônica Propaganda 2 (mais conhecida como P-2), dirigida por Licio Gelli e o próprio IOR de Marcinkus. Ettore Gotti Tedeschi recebeu uma missão quase impossível e só permaneceu três anos a frente do IOR. Ele foi demitido de forma fulminante em 2012 por supostas “irregularidades” em sua gestão. Tedeschi saiu do banco poucas horas depois da detenção do mordomo do Papa, justamente no momento em que o Vaticano estava sendo investigado por suposta violação das normas contra a lavagem de dinheiro. Na verdade, a expulsão de Tedeschi constitui outro episódio da guerra entre facções no Vaticano. Quando assumiu seu posto, Tedeschi começou a elaborar um informe secreto onde registrou o que foi descobrindo: contas secretas onde se escondia dinheiro sujo de “políticos, intermediários, construtores e altos funcionários do Estado”. Até Matteo Messina Dernaro, o novo chefe da Cosa Nostra, tinha seu dinheiro depositado no IOR por meio de laranjas. Aí começou o infortúnio de Tedeschi. Quem conhece bem o Vaticano diz que o banqueiro amigo do papa foi vítima de um complô armado por conselheiros do banco com o respaldo do secretário de Estado, Monsenhor Bertone, um inimigo pessoal de Tedeschi e responsável pela comissão de cardeais que fiscaliza o funcionamento do banco. Sua destituição veio acompanhada pela difusão de um “documento” que o vinculava ao vazamento de documentos roubados do papa. Mais do que querelas teológicas, são o dinheiro e as contas sujas do banco do Vaticano os elementos que parecem compor a trama da inédita renúncia do papa. Um ninho de corvos pedófilos, articuladores de complôs reacionários e ladrões sedentos de poder, imunes e capazes de tudo para defender sua facção. A hierarquia católica deixou uma imagem terrível de seu processo de decomposição moral. Nada muito diferente do mundo no qual vivemos: corrupção, capitalismo suicida, proteção de privilegiados, circuitos de poder que se autoalimentam, o Vaticano não é mais do que um reflexo pontual e decadente da própria decadência do sistema.

Tradução: Katarina Peixoto Comentários Insira o seu Comentário !