FURIOSOS DO RUIDO
Contra todo e qualquer argumento, lógico, nunca fez sentido que se perturbe o sossego e merecido descanso, a milhares de pessoas que trabalham arduamente, os doentes, idosos,os que têm dificuldade em conciliar o sono para gáudio de uma centena, admito duas, de bigorrilhas com aversão a reflectir, e de quem os explora visando tão somente o aspecto lucrativo da demanda insane daquilo que os próprios qualificam de progresso. Progresso sim, das suas contas bancárias. Meus senhores, a isto chama-se poluição sonora em elevado grau, e total desrespeito para com os seus iguais. Não é minimamente compreensível, menos admissível que a CMH conceda tal tipo de massacre licenciado, seja a que título fôr, porém resalve-se o total desnorte do seu presidente e membros da comissão de festas das semanas do mar (minúsculas) sob o elevado ego da desordem que tem provocado ao povo desta Cidade da Horta.
A um razoável presidente desta edilidade ficaria muito bem uma posição pública inconspícua, atributos invisíveis na descoordenação visível às quais foram sujeitos os munícipes sem um mínimo de lucidez das realidades locais.
Fica provado uma vez mais que: vivemos em descontínua democracia, o povo apanha forte e feio, mas consente, o que leva a crer numa falsa inexistente e repugnante maioria, do quem se sentir mal mude-se.
Recentemente ao ser entrevistado por uma estação de televisão nacional e respondendo à pertinente pergunta que me foi colocada, se vivia feliz aqui, respondi: Não! Este paraíso contém um inferno dentro. Claro que não foi difundida a minha constrangedora resposta. Persisto na mesma convicção, em consciência, mas não me mudo, farei de tudo legalmente para que se almeje a tão desejada mudança necessária rumo à liberdade e democracia consensuais.
Vítor Jorge
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