HORÓSCOPOS E ADIVINHOS
No dealbar de cada ano proliferam nos mídias universais profecias compiladas a esquadro e compasso, numerulogia, e um vastíssimo churrilho de cálculos matemáticos complexos, numa tentativa de provar a sua infalibilidade e consequente credibilidade.
Merecem crédito? Bem, o esforço é gigantesco, para provar que a astrologia, a rabdomância, quiromancia, e miríades de "especializações" nesta área, revelam-se como ciências infalíveis. De facto, uma maioria dá no alvo, vejamos: morrerão pessoas célebres, haverá terremotos, muitos países terão quartos de hora de inquietação, etc etc. É facílimo afirmar o óbvio, tanto quanto crer nele, a receptividade humana é permeável a este embuste. Quando os astrólogos começam a ler os "destinos" dos povos nas constelações, nas caudas dos cometas, continuam a dar no alvo, com uma diferença, só prevêem, os factos depois de consumados, nunca antes, o que lhes outorga o elevado grau de charlatanice. As coincidências, aliadas destes "especialistas", favorecem-nos sempre, quando acontecem, caso contrário, justificam-se apressadamente com alterações cósmicas que não foram capazes de prever.
Devemos continuar a acreditar nas nossas capacidades mentais e físicas, no producto do nosso labor, e na suprema força de vencer os escolhos e a escória com as quais nos degladiamos cotidianamente, levar de vencida pela nossa própria e real vontade que não vem impressa em nenhuma conjugação astral ou qualquer outro método premonitório utilizado pelos cancros das adivinhações, sem cura à vista.
Vitor Jorge
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