O BALHO DA POVOAÇÃO
Que viva e se regenere o folclore Açoriano!
Este, foi o tema estrategicamente selecionado pelo governo e gestão de uma pseudo companhia aérea regional SATA, para embalar os seus utentes em estilo surround, levando-os a ceder ao ímpeto neurótico gerado pela desutilidade pública deste boteco aéreo. Diariamente o polegar do governo regional e administração da companhia inverte-se jogando na arena os pobres passageiros entregues ao pasto das feras com requinte de desrespeito e maldade, de fazer corar os grandes imperadores da Roma antiga.
Os lesados travam lutas épicas nas redes sociais, travam-se de razões, denunciam, embirram, babam-se, espumam de raiva, ao som do balho da Povoação, pianíssimo, anestésico, até à próxima atrocidade de minutos ou horas. Questiona-se a ausência de métodos, porque existem, de colocar um ponto final nesta parafernália surrealista que não penalize mais este povo sem alicerces políticos mas com princípios e tradições gloriosas, morto, sujeito aos caprichos de estarolas, testas de ferro, de pressupostos governativos inexistentes a uma redenção digna e progressista, por direito próprio.
Filho que nasce antes da mãe, só poderia ser inventado pela filha da padeira toda a noite a peneirar. Basta de senhor sogro já cá vai! Entoe-se qualquer hino libertador que nos devolva imediatamente aquilo a que nos assiste por ordem justa e humana defendida por políticos credíveis que se apagou da memória das gentes, só porque nunca mereceram a urgência da razão. Decidam-se, sobre o leitinho derramado!
Vitor Jorge
O “Balho da Povoação” é o único balho em que os pares dão mas mãos. Dão-lhe o nome de Vila da Povoação, porque é originário desta, a primeira terra a ser povoada pelos portugueses, por volta de 1439. É muito antigo e a sua coreografia lembra uma flor que se abre e O fecha."
Balho da Povoação
Minha avó quando nasceu
Eu já tinha três semanas,
Já vinha da Povoação
C'um saquinho de castanhas
Ontem à noite fui ao balho
Mai-la minha rapariga,
Eu dei-lhe um beijo na testa
E um beliscão na barriga
Minha mãe quando nasceu
Eu já estava em S. Vicente.
Minha mãe está teimosa,
Que nasceu à minha frente
Oh que linda rosa esta
Tenho eu ao pé de mim!
P'lo cheirinho que ela deita
Parece que veio do jardim
Nesta terra não é uso
Ir pedir a filha ao pai
Vai-se p'la escada acima
«Senhor sogro, já cá vai»
O balho da Povoação
Quem havia de inventar?
Foi a filha da padeira
Toda a noite a peneirar
"Folclore popular da Ilha de S. Miguel Açores. Versão: ( Ronda dos Quatro Caminhos) "
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