O dia treze de Maio de 2018 perpetuou-se mais uma vez na história de Portugal. Desta feita com um pleno de vitórias emotivas geradoras de rios de lágrimas, alegrias, e delírios, bem ao gosto do povo que pelo menos por um dia ousou olvidar sob coação mediática os gritos de revolta e angústia com que se manifesta a cada dia contra o estado da política do país, a corrupção, o desemprego, a pobreza, e a perda de regalias sociais de que é vítima passiva. Este estado de euforia rúptil tem antecedentes com quase um século de existência o que poderá ser considerado um acto de tradição ortodoxa transmitido através de gerações. Nesta concupiscência, prevalece Fátima como epicentro da fé, futebol como enfarte, e fado como fatalismo, os "famosos" três F's que continuam a demonstrar uma forte incapacidade evolutiva da nossa cultura como pilar do progresso e desenvolvimento da psique naufragada na manipulação e oportunismo dos antípodas de uma sociedade clarividente na qual nem os paladinos da lógica sobrevivem aos pífios da mediocridade.
Vitor Jorge
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