O termo "Hallowe'en" surgiu no século XVII e é uma abreviatura escocesa de "Allhall-even", literalmente "noite de todos os santos" ("eve of all saints"). De origem celta, este evento assinalava no calendário gregoriano adoptado no século XVI , o fim do verão e o início do inverno, com algumas nuances: afugentar "espíritos malignos", prestar tributo aos mortos, jogos, culminando com fogueiras no topo das montanhas, e um repasto preferencialmente adocicado.
Popularizado pela cultura norte-americana que se apropriou de uma cultura tipicamente Irlandesa começaram a deturpar o Halloween mascarando-se e começando a pedir dinheiro porta a porta, uma prática que acabou por se tornar na actual "trick or treat" ("doce ou travessura"). Porém apesar dos esforços das escolas e comunidades locais, o vandalismo acabou por tomar conta das celebrações nas décadas de 1920 e 1930 e expandir-se pelo mundo " como exemplo a seguir necessariamente" patente americana de que tudo o que é americano é "bom".
Século XXI, os meios de comunicação,a propaganda de americanização global, a emigração portuguesa fotocopiadora fiel de asneiras em 3D fez chegar as estas ilhas dos Açores deturpações elevadas ao cubo que não tem qualquer cabimento nas tradições centenárias deste povo, adulterando pejorativamente a sua essência. De uma extensa lista de aberrações destaque para o Halloween popularizado também como dia das bruxas que substituiu o tradicional pão por deus. Lá como cá, o que é mau tem uma forte aderência de alguns grupos da juventude local que anualmente na noite de 31 de Outubro para 1 de Novembro decidem brincar com o inferno encarnando diabretes cobardolas, que sofrem de decidofobia, e vivem com o ideal de que comportamento e civilização vem escarrapachados nas páginas amarelas. Selecionam as suas vítimas premeditadamente entre pessoas idosas e vulneráveis que não tem hipótese de defesa entregam-se ao vandalismo prazenteiro de partir janelas portas, levando as suas vítimas ao pânico total com consequências graves para a saúde e bens das mesmas, simultaneamente baterem na porta errada e serem eles próprios as vítimas da sua ousadia desconexa. Quem suporta os prejuízos?! Logicamente as vítimas com recursos financeiros limitados. Não é possivel ter um policia para cada malfeitor, mesmo assim, a PSP da Horta conseguiu abortar a continuação de algumas diabruras em curso. Uma coisa é os pequeninos acompanhados dos pais ou familiares pedirem o moderno pão por deus (guloseimas, Halloween diurno) outra é a prática premeditada do vandalismo levada a cabo por jovens em idade responsável que deve ser banida de forma exemplar afim de desencorajar possíveis crescendos de barbárie. É nos jovens que depositamos as nossas esperanças do porvir, aos pais cabe essa tarefa de lhes incutir valores humanos e respeito pelo próximo, a maior herança que devemos e podemos delegar nos nossos progenitores não se encontra nas novelas, nas páginas do Der Spiegel, muito menos na casa dos segredos.
O bem e o mal não surgem do nada, alguém os meteu nas nossas cabeças à martelada. Ao nascermos, éramos pedras que esperávamos que a vida nos talhasse, ao crescermos transformamo-nos em estátuas. Podemos quebrar-nos rasgar-nos, mas basicamente já não mudamos. Na vertigem do tempo a educação é uma pesada responsabilidade dos pais nem sempre assumida de forma consciente e coerente com a realidade que vivemos e desejamos livre e justa para o progresso salutar de uma humanidade credível e participativa na difusão da unificação imprescindível à sua autêntica identidade. O bem!
(texto de opinião pessoal e colectivo protegido por copyright)
O autor não utiliza o acordo ortográfico
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