quarta-feira, 6 de setembro de 2017

PASSEIO BIZARRO

Chove a cantaros!
Mulher de porte elegante desafiando idade ignota, vestido com motivos floreados, toca de banho na cabeça, sandálias de cunha alta, está sentada sobre pequeno muro encharcada. Cruzo-me com ela na minha caminhada matinal acompanhado do meu fiel amigo. Com delicada vénia dirijo-lhe os bons dias, obtive como resposta o insulto rebarbativo: é preciso ter lata, lá vem este com esta porcaria sujar tudo, detive-me e como resposta exibi os sacos de plástico que sempre me acompanham com o objectivo de limpar qualquer sujidade provocada pelo meu cão. O resultado foi nulo, a senhora prosseguiu nos seus impropérios subindo o tom ofensivo de mulher mal fodida. Ignorei, prossegui a caminhada limpando como sempre os dejectos do meu companheiro. Invulgar será permanecer sentada debaixo de chuva intensa com uma touca de banho na cabeça, ou talvez não, quando a psique humana sofre transformações imprevistas, também posso ser vítima, daí a minha compreensão para com a situação vivida hoje.

Vitor Jorge
04/09/2017
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Comentário:

Maria Kurtenbach:
Mais uma bela descrição duma cena da vida diária, digna dum Du Bocage,sátira inteligente,  nas palavras dum Humanista como o meu grande amigo Vitor.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

OBSESSÃO DANOSA

OBSESSÃO DANOSA           

A doutrina católica ensina que a missa é um verdadeiro sacrifício de caráter propiciatório: que pode ser oferecido pelos vivos, em expiação dos pecados, e pelos defuntos, em alívio das penas.
Continua a ser consensual maioritariamente nas nove ilhas dos Açores, e deve merecer respeito de todos mesmo que não se identifiquem com a doutrina catolicista. Quem respeita exige respeito, um princípio da lógica elementar como fundamento da concórdia harmónica entre as gentes.
Infelizmente assim não acontece, a igreja católica continua prepotente na persistência do domínio absolulutista do culto da personalidade, sacrificando com perfídia os considerados "pecadores". Hoje Domingo 4 de Setembro de 2016 fica assinalado na história desta freguesia das Angústias, mais um angustiante  abuso inqualificável.
De manhã foram encerradas ao trânsito automóvel as principais artérias desta freguesia, quem intentou fazer a sua vida normal teve que se submeter a desvios impensáveis com despesas em combustível e profundo incómodo na deslocação de idosos com dificuldades motoras obrigando-os a percorrer a pé consideráveis distâncias até às viaturas de familiares obrigadas a estacionar onde as consequências o permitiram.
Pelo caminho havia um afã inusitado na construção de um tapete de verduras, trinta metros aproximadamente.
Pasme-se! Todo este aparato, porque um dos seus fiéis filhos "disse a sua primeira missa nova", motivo de comemoração fantástica, que aproveito para parabenizar. Submeter uma população inteira ao evento por mais sacrossanto que seja, ou aparente, é um acto egoista digno de profundo repúdio, de quem foi vítima passiva de mais este abuso declarado de prepotência sobre todas as coisas.
A título de curiosidade, e como nota final às 18 horas locais ainda se mantinham as proibições de circulação automóvel. Está escrito no "livro sagrado" que por intercessão divina o mar se abriu facultando a passagem à multidão a pé enxuto. Aqui não aconteceu, e teria facilitado muito.
Que tal começar pela humildade e respeito sagrado pelo povo independentemente do seu credo aos olhos do Senhor todo bondade omnipresente?!

Vítor Jorge

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

O GATO DAS BOTAS DO CONDADO DAS ANGÚSTIAS

O GATO DAS BOTAS DO CONDADO DAS ANGÚSTIAS

Porto Pim e a sua fortificação com história, o porto em si com a sua rampa de varar num passado recente pejada de embarcações construidas em madeira com as quais milhares de pescadores colheram no mar o sustento das suas famílias. Era vê-los nas chegadas com o colorido dos seus pequenos barcos com abundante quantidade de diverso pescado colocado na "banqueta" do sopé do forte, na rampa, à disposição do freguês com possibilidades financeiras, porque o pobre não é comprador, e na época não era excepção. Mais tarde por determinação "régia" foi proibida a permanência de qualquer embarcação piscatória, e entregue ao veraneio sazão. Hoje é palco de banhistas sem assistência de salvamento, inexistência de instalações sanitárias, (directo no mar) e uma rampa pejada de limo escorregadio como "graxa" na qual muitos banhistas desconhecendo o perigo, pagaram caro a ousadia com quedas aparatosas e graves. Este ano de 2017, e após os danos pessoais, também por decisão "régia" foi pintada uma linha amarela no local de perigo e fixado triângulo com aviso preventivo do mesmo. Motivo de congratulação?! Não, de forma alguma! A pertinente questão é de que neste "condado" das Angústias reina o gato das botas e o seu fiel amo marquês de Camarus, razão porque cada "euro poupado" reverte para o reino. Para trás após as "besuntadas" promessas eleitorais ficou tudo por fazer, ou melhor, foi executado o excessivo, agradável ao marquês de Camarus, enquanto o necessário e gritante continua a leste do Paraíso: o lixo a céu aberto na Travessa de Porto Pim, a total degradação dos passeios das principais ruas desta freguesia mártir, a porcaria espalhada pelas ruas a aguardar chuva ou vento forte à espera de limpeza natural em cascatas e redemoinhos "encantadores". "Encantador" é também uma espécie de duche de encosto ao muro do forte, que já passou por várias metamorfoses, sobrando hoje vários tipos de tubagem, e torneiras. Curiosamente funciona, na ausência de melhor, os banhistas aproveitam o apetrecho para tomar o seu banhinho refrescante antes de regressar a casa; nada demais, não fora a utilização por parte dos mesmos de altas doses de gel de banho e shampoo utilizado que com subtil esgoto conduz directo ao mar, provocando uma enorme mancha de espuma massiva e em forma de bolhas poluentes.
Este gato das botas e o marquês de Camarus estão de parabéns, melhor é impossível. O rei vai nu, o povo aplaude as sucessões com olho gordo nas "grandezas" roubadas ao pormenor de onde tudo nasce e morre cegos como gatinhos das botas acabados de nascer.

Vitor Jorge
23/08/2017
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quarta-feira, 9 de agosto de 2017

O VELÓRIO DAS CAIXAS MULTIBANCO

O VELÓRIO DAS CAIXAS MULTIBANCO

Todos os anos nesta época as caixas multibanco desta cidade da Horta entram em modo de falência mortal estupidificante. Escutam impropérios, discursos lidibinosos, e sevícias dos mais afoitos: pontapés, socos, abanões, e outros que a situação propícia, isentas de culpa, à mercê do julgamento individual. Se não é possível aos bancos que operam estas caixas repor dinheiro em quantidade face à necessidade, seria de bom tom, por esta época esta informação no visor em várias línguas: ATENÇÃO, ESTA MÁQUINA NÃO DISPENSA DINHEIRO DURANTE A SEMANA DO MAR , VOLTE MAIS TARDE, OBRIGADO. Evitar-se-ia o desconforto e aborrecimento de quem pretende utilizar um cartão (por muito dourado que seja) tem que calcorrear a cidade inteira em busca do "milagre" que não acontece. Será que não há dinheiro disponível que baste à procura, ou não são tomadas as devidas providências necessárias para obstar o erro que proporciona uma péssima imagem da Ilha, desnecessariamente.
Se a questão reside na falta de papel moeda para reposição dos stocks necessários ao normal funcionamento das caixas multibanco, que se contacte a empresa de transportes aéreos campeã de aluguer de aeronaves SATA, versus air azores para o fretamento de um helicóptero pesado Kamov específico para o transporte de tonelagem em suspensão (no caso reforço de notas de banco) e operação no nosso aeroporto limitado a pousos e decolagens verticais em regime diário com prolongamento do funcionamento aero portuário noturno, minimizando olhares indiscretos e más línguas. Eis aqui a receita, a título gratuito, como contributo para o PS garantir a vitória nas próximas eleições. A tibieza do gato é gigante e não consegue esconder a enorme cauda visível diariamente, mau grado nesta semana do mar. Felizmente não temos a praga dos fogos, infelizmente falta de dinheiro, e sobras de esbanjadores profissionais, em ação  perto de si.

(Entre a alternância do parecer e não ser)

Vitor Jorge
09/08/2017

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terça-feira, 8 de agosto de 2017

FINALMENTE...

FINALMENTE...

Aparte os excessos comprometidos, a rua Cônsul Dabney reabriu de novo ao trânsito. Explendorosamente eleitoralista, comporta no subsolo "tudo" o que será supostamente exigível hoje e no futuro, se se abrirem novos buracos não deve ser motivo de estupefacção, será obviamente para encontrar alguma esferográfica Bic  esquecida no fervor da obra. À superfície nada de novo, seria expectável em vez do asfalto, a pavimentação em betão e teríamos uma séria concorrente à rua mais íngreme do mundo, a Baldwin na nova Zelândia com uma inclinação de 35%, faz parte do Guiness, e é atração turística mundial no festival anual Baldwin Street Guttebuster no qual os turistas se divertem a subir e descer a rua, ao cimo conta com uma fonte de água fresca potável para saciar a sede, o que aqui escapou. Lá como cá esta "maravilha da tecnologia local" poderia ser rentabilizada com entradas pagas, o preço de cada bilhete lá é de um dólar e noventa cêntimos, revertendo o dinheiro para obras de caridade. Por cá, uma sugestão moderna com a marca PS faria toda a diferença: alugueres de patins, skates, carrinhos de esferas, caiaques, bandeirinhas, lenços, sacos para enjoo, rolos de papel higiénico, e fraldas descartáveis exclusivas para as visitas do executivo regional e camarário. Esta nota, só para provar que o progresso existe distante destas paragens. O povo estava tão habituado aos desvios que nem daria por nada. Viva o PS e as suas obras eleitorais desenxabidas.
Nota: seria sensato contabilizar as esferográficas não vá o diabo fazer das suas quando isto arrefecer.

(Entre a alternância do fazer e não fazer)

07/08/2017

Vitor Jorge

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

FRIEIRAS NO VERÃO

FRIEIRAS NO VERÃO

Um autarca renitente e eleitoralista, um governo regional caquético, são os ingredientes desta pandemia local em pleno verão que naturalmente surge no inverno. As alterações climáticas são um facto consumado, se lhe juntarmos um punho rosa recheado de incompetências, como resultado final temos frieiras pandémicas com feridas purulentas que inevitavelmente infetam a sociedade Faialense com danos irreversíveis a todos os títulos, sem dó, mas com ré-mi-fá-sol-lá-si, para alegria de totós que reservam para si um direito inalienável: o de não pensar em coisa nenhuma. São os eleitos.
Em consciência todos concordamos que para construir ou reparar tem que se fazer obras. Qualquer obra demora mais ou menos tempo na sua concretização, também aqui a concordância generalizada, mas quando a sua programação e cálculos falham por redundância oportunista e eleitoralista, aplica-se a lei de Murphy: "se algo pode dar errado vai dar errado". É o caso! Os Faialenses continuam submetidos aos prejuízos e sevícias patrocinados pela total desordem camarária na pior época do ano. À guisa de panaceia previna-se com uma embalagem de pomada Thrombocid, quando se deslocar a pé, torre o dinheirinho das férias em combustível nos infindáveis desvios e reze um terço por chegar viva(o) a casa após a odisseia. Dê graças por ter um fio de água "potável" na torneira para o cafezinho, tome banho de mar, almoce e jante no "refeitório municipal",  e pragueje até que a voz lhe doa, são carícias que os nossos autarcas lhe agradecem com o destempero altaneiro das frieiras eleitoralistas. Os dias são de festa rija, do medo nasceu o pânico ataviado na surdina das amenas cavaqueiras de todos os dias. Enquanto isso, os dias sucedem-se às noites na sua intemporalidade irreversível, como irreversíveis são as situações gritantes dos Faialenses a cada alvor mais pobres nas suas justíssimas ambições de progresso e bem-estar, ora vejamos a primeira página de espesso volume: o amianto afinal é "benéfico" para a saúde, o hospital da Horta continua uma pantomima, a Sata "Air Azores" bateu o recorde das bravuras dos heróis das bandas desenhadas do Super Homem, Batman, Capitão América, e Lucky Luke, o aeroporto da Horta permanece um apeadeiro aéreo sem hipóteses de "aumento de extensão", as redes viárias da ilha degradam-se ao ritmo natural da deficiente pavimentação, os turistas protestam em terra, divertem-se no mar, que já grita por obras, a unidade do triângulo perdeu-se, expectante no Sebastianismo utópico. Residentes e turistas sofrem na carne os prejuízos, e a desilusão de mais um verão perdido neste eczema de frieiras eleitorais,  cuja profilaxia de cura será sempre o voto consciente da mudança nas alternativas válidas já anunciadas. Diga não à fome feroz das frieiras por quatro invernos e verões. Tome o gosto de uma liberdade responsável progressista e participativa. Há alternativas.

Vitor Jorge
04/08/2017

quarta-feira, 5 de abril de 2017

sexta-feira, 24 de março de 2017

DIA A DIA

Ontem, e por força de circunstância, estive à conversa com dois proselitistas, adeptos fervorosos do salazarismo. Joguei conversa fora, coisas sem importância de maior, mas que foram, contudo, suficientes para me darem a entender que sentem por mim um desprezo amável e compreensivo, quase piedoso. Imagino que eles, quando se refastelam nos velhos cadeirões da demência, se devem sentir quase omnipresentes, pelo menos tão perto do Olimpo quanto pode chegar a sentir-se uma alma sórdida e escura. Chegaram ao ponto máximo. Para um futebolista, o máximo significa um dia fazer parte da selecção nacional; para um místico, comunicar​ alguma vez com o seu Deus; para um sentimental, encontrar num outro ser alguma vez o verdadeiro e o dos seus sentimentos. Em contrapartida, para esta pobre gente o máximo é um dia sentar-se nos cadeirões da etocracia, experimentar a sensação (que para outros seria tão incómoda) de que alguns destinos, estão nas suas mãos, ter a ilusão de que resolvem, de que dispõem, de que são alguém. No entanto, ontem, enquanto os observava, não consegui ver neles a cara de alguém mas de algo. Parecem-me coisas, não pessoas. Mas que lhes parecerei eu? Um imbecil, um incapaz, um fraco que se atreveu a recusar uma oferta do Olimpo, um Zé Ninguém. Uma vez, há muitos anos, ouvi o mais velho dizer: " o grande erro de alguns homens de negócios é tratar os seus empregados como se fossem humanos," nunca esqueci, nem esquecer​ei, aquela frasezinha, pela simples razão de que não a posso perdoar. Não apenas em meu nome mas em nome de todo o género humano. Agora sinto a forte tentação de dar a volta à frase e pensar: "o grande erro de alguns empregados é tratar os patrões como se fossem pessoas." Mas resisto a essa tentação. São pessoas. Não parecem, mas são. E pessoas dignas de uma odiosa piedade, da mais infamante entre as piedades, porque a verdade é que constroem  para elas uma casca de orgulho, uma repugnante desfaçatez, uma sólida hipocrisia, mas, no fundo, são ocos. Asquerosos e ocos. E padecem da mais horrível variante de solidão, a solidão daquele que nem a si próprio se tem.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

AZUL DOURADO

AZUL DOURADO

Tenho em mãos a "famosa" revista Horta Municipal (gestão estratégica potência investimentos). Hilariante! Seguem-se trinta e nove páginas "cativantes", trinta delas reservadas escrupulosamente ao excelso carisma pessoal de demagogo profissional do presidente da Edilidade Faialense. No seu todo, a revista revela-se extra-piramidal, demonstrativa da "pujança feliz" com que o autocrata presidente da Edilidade marca com ferrete em brasa o povo desta ilha com a sua "brilhante" gestão recorrente num festival de photoshop azul dourado no desiderato de demonstrar que esta ilha se transformou no paraíso na terra por mérito soberano da sua gestão de polichinelo.
Vistas as coisas por esta dioptria vivemos numa ilha idílica onde as necessidades dos munícipes estão preenchidas, se não, na melhor das hipóteses dentro dos próximos cem anos, tempo expectável da prestidigitação de prevalência PS à frente dos destinos do povo desta ilha. Todos sabem que "Roma e Pavia não se fizeram num dia", e que é necessário tempo para solucionar a imensidão dos problemas existentes, também se sabe, ou deveria saber-se, que a obra apresentada peca por tardia e tendenciosamente eleitotalista, observe-se as ausências prioritárias e tudo o que foi concebido estrategicamente na nítida e descarada caça ao voto. Aqui as prioridades prevaleceram, tipo hipermercado, expondo à altura da vista o producto que urge converter em voto. Caem como tordos. Ademais, a maioria das obras executadas foram-no em  redutos circunscritos de maioria PS, o que demonstra a desonesta estratégia desta autarquia. A apregoada auscultação das "forças vivas" do Conselho cumpre um estranho ritual solene quando deveria existir a humildade de verificar in loco o ror de prioridades isentas de partidarismo, pompa e circunstância. O êxito e progresso de qualquer comunidade consiste em avaliações prioritárias, metódicas, e consciêncializadas na salvaguarda dos problemas que afetam o cotidiano dessa mesma comunidade na sua totalidade com espírito de servir o bem comum! Para tal, pagamos todos! O povo grita no sufoco calado, acorrentado, prestando tributo às migalhas que lhes são atiradas à sua ilha tão cara a título suficiente na precaridade das suas necessidades prementes. Os projetos avulsos a azul dourados tem que ter um fim urgente, já nas próximas eleições autárquicas, caso o povo decida vincular soluções dignas com a maior arma que possui, o voto, a sua vitória no  almejado progresso democrático, ausente numa fachada reconhecidamente gasta e falhada na arte do ludibrio discriminado  que lhes sustenta a vaidade, e o luxo ostensivo, de olhos pregados no chão esburacado da indiferença.

Vitor Jorge

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

SESAME STREET

SESAME STREET

O Secretário Regional dos Transportes e Obras Públicas do Governo Regional dos Açores anunciou recentemente que a região se prepara para "honrar" um compromisso eleitoral do governo:   investir 1,1 milhões de euros na sinalização horizontal em estradas de todas as ilhas dos Açores, dando seguimento ao trabalho desenvolvido no âmbito da rede viária do arquipélago.
Vítor Fraga frisou que este investimento visa “aumentar as condições de circulação e segurança” nas estradas dos Açores com vista à melhoria das acessibilidades das vias públicas, das condições de mobilidade e e a qualidade de vida dos Açorianos”. Este é o teor e "intenção da boa" notícia. A sinalização das estradas do arquipélago constituem uma medida inteligente, contribuindo para evitar acidentes e transgressões, desde que o condutor do veículo a consiga vislumbrar, o que também deixará de constituir problema considerando que 1.1 milhões de euros compra muito sinal mesmo a preço inflacionado, divididos pelas nove ilhas, certamente estamos prestes a assistir a um "festival" de sinais que deveriam concorrer ao Guiness pela ordem bizarra da utilidade. Proibido curvar à esquerda, será sem dúvida o mais utilizado, obrigatório curvar à direita, estradas sem saída, pista de buracos, esta estrada não oferece segurança a veículos normais só para jipes todo o terreno, compre um, idem idem.
Não conheço o estado das redes viárias das outras oito ilhas, mas conheço a realidade Faialense neste capítulo estão miserávelmente intransitáveis, com recuperação previsível dentro dos próximos cem anos.Decoradas com sinais passam a ter outro encanto inútil, a segurança e o bem-estar do povo Açoriano neste capítulo, passa indubitavelmente pela renovação das redes viárias, só depois a devida sinalização ordenada e necessária, é a ordem correcta deste processo: princípio, meio, e fim.
O imberbe secretário regional persiste na fantasia "educativa" do Poupas da velhinha série televisiva Rua Sésamo, com a agravante do Césio que polui com consequências negativas  o ar que todos respiramos num silêncio comprometedor sem vestígios de qualquer prioridade monitorizadora constante em nome da saúde pública. Os mortos não falam, os vivos calam, aceitando como "destino" os deuses mortais de Fokushima. É esta a real preocupação deste governo regional com a "segurança" do seu povo, que constroi hospitais sem médicos nem equipamentos de diagnóstico e tratamento, esse mesmo povo que sofre, mas continua a eleger maiorias PS na tonteria do bem-me-quer. Os sinais falam por si, o estrondo de 1.1 milhões de euros do seu custo são o exemplo das práticas prioritárias deste desconcertante desgoverno. Há os que se governam neste mar de rosas atípico de qualquer democracia lícita. Cada um tem o que merece, e por mérito colectivo do povo Açoriano, um viva ao PS e aos Poupas da Sesame Street da nossa "pedagógica White House".

(Desculpe o leitor os neologismos, no momento turístico soa bem)

Vitor Jorge

domingo, 15 de janeiro de 2017

ALTURA NÃO É FORMOSURA

ALTURA NÃO É FORMUSURA

Do alto do seu 1,85mt Barack Obama termina o seu mandato como presidente dos Estados Unidos. O primeiro negro a conseguir este estatuto. Limitou-se a seguir a mesma linha pragmática dos Estados Unidos que recaem sempre no velho costume. Fazem em casa o grande discurso da liberdade, mas  desmentem-no na sua conduta diplomática. A popularidade de Obama passou por oscilações desde que ingressou na Casa Branca. A princípio, granjeou apoio popular pelas medidas liberais que defendera, contrapondo-se ao conservadorismo republicano, prometendo extinguir logo a prisão de Guantanamo.
Com o passar do tempo, a sua aura foi decaindo por não haver atendido, de imediato, as reclamações dos seus eleitores no combate à elevada taxa de desemprego e pobreza extrema.
O acto  quiçá mais "relevante" da sua política interna foi a aprovação da reforma mais liberal do sistema de saúde dos EUA, desde a sua criação na década de 60.
A partir de então, quase todos os cidadãos americanos seriam obrigados a ter um plano de saúde, sem prejuízo da criação de subsídios para quem não podia obtê-lo por falta de recursos.                                         A implementação desta justa reforma do sistema de saúde para com os mais desfavorecidos, revelou-se criteriosamente injusta por não contemplar a totalidade dos milhões de necessitados. 
Com as fantochadas do suposto extermínio de Osama Bin Laden, do levantamento do bloqueio a Cuba, recobrou transitoriamente a estima pública, mesmo não contando com a perspectiva animadora de retomar o fôlego que o sustentava.
Ainda na sua politica interna e segundo o Departamento do Tesouro, os EUA devem somente ao Brasil US$187 biliões. O seu maior credor é a China, com US$1,1 trilião, seguida pelo Japão com US$ 882,3 biliões, o Reino Unido com US$272,1 biliões e aos exportadores de petróleo US$ 211,9 biliões.
Segundo especialistas em gastos bélicos, somente as operações no Afeganistão atingiram a US$ 2 bilhões por semana.
O financiamento de ações militares, incentivado após os atentados de setembro de 2001, provocaram críticas acérrimas ao presidente Barack Obama tanto de parte dos opositores como dos democratas, não contabilizando as restantes intromissões nas soberanias de muitos países,e financiamentos de grupos terroristas numa constante atitude promotora da guerra e do caos universal. Ironicamente foi-lhe atribuído o prémio Nobel da Paz, uma das maiores contradições da história actual em que se premeia e incentiva o mal, e se condena o bem.
Barack Obama fica na história como um péssimo presidente da "maior democracia universal".
Donald Trump altura 1,91mt
Vladimir Putin altura 1,70mt
Xi Jinping (china)altura 1,80mt. Quem estará à altura de consolidar a paz ?

Vitor Jorge

sábado, 7 de janeiro de 2017

HORÓSCOPOS E ADIVINHOS

HORÓSCOPOS E ADIVINHOS

No dealbar de cada ano proliferam nos mídias universais profecias compiladas a esquadro e compasso, numerulogia, e um vastíssimo churrilho de cálculos matemáticos complexos, numa tentativa de provar a sua infalibilidade e consequente credibilidade.
Merecem crédito? Bem, o esforço é gigantesco, para provar que a astrologia, a rabdomância, quiromancia, e miríades de "especializações" nesta área, revelam-se como ciências infalíveis. De facto, uma maioria dá no alvo, vejamos: morrerão pessoas célebres, haverá terremotos, muitos países terão quartos de hora de inquietação, etc etc. É facílimo afirmar o óbvio, tanto quanto crer nele, a receptividade humana é permeável a este embuste. Quando os astrólogos começam a ler os "destinos" dos povos nas constelações, nas caudas dos cometas, continuam a dar no alvo, com uma diferença, só prevêem, os factos depois de consumados, nunca antes, o que lhes outorga o elevado grau  de charlatanice. As coincidências, aliadas destes "especialistas", favorecem-nos sempre, quando acontecem, caso contrário, justificam-se apressadamente com alterações cósmicas que não foram capazes de prever.
Devemos continuar a acreditar nas nossas capacidades mentais e físicas, no producto do nosso labor, e na suprema força de vencer os escolhos e a escória com as quais nos degladiamos cotidianamente, levar de vencida pela nossa própria e real vontade que não vem impressa em nenhuma conjugação astral ou qualquer outro método premonitório utilizado pelos cancros das adivinhações, sem cura à vista.

Vitor Jorge