Sumir ou somar-se? Apago os outros ou chamo-os?
A solidão é uma fraude. Vou comer o meu próprio vómito, como o camelo? Que risco corre o masturbador? Quando muito o de arranjar uma entorse no pulso.
A realidade, os outros: alegria e perigo. Chamo os touros, aguento-lhes a investida. Eu sei que aqueles cornos ferozes podem dar-me cabo da femoral.
Converso sobre estas coisas, em longas noites, com amigos que já partiram. E em longas cartas (ainda as manuscrevo) de profundos repúdios endereçadas aos assassinos de ideias, da cultura do silêncio, da multiplicação da impotência e da sementeira do medo.
Vitor Jorge
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