sexta-feira, 29 de julho de 2016

A "FESTA" DOS TUPINIQUINS

A "FESTA" DOS TUPINIQUINS "

Todo o mundo tá presente, e muita gente ainda tá p'ra chegar: p'ranimar a FESTA," SEMANA DO MAR 2016"! Isto aqui está muito quente, está muito bom, olha a grande animação, comidas e bebidas às paletes, músicas a pontapés, o oceano virou lago; em terra, as ruas sumiram, foram p'rá festa, e anda a gente em ziguezague, uns com asas nos pés, outros com pés de chumbo, choques, embates, desculpas apressadas, sorrisos prazerosos. Caem as noites suaves em monumentais bebedeiras, muita alegria, vómitos de fartura, de fraqueza, servem de almofada, ali mesmo, nas ruas, praias, onde quer se esteja, no masculino, feminino, segura o tchan amarra o tchan, a lua míngua, o sol desponta para um novo dia nublado na forte ressaca dissimulada no breu da bica milagrosa.
Segue a festa, esta é a essência . Que festa? A depurativa orgânica! Vivam os lucros!
Há muito mais "festa" para além da festa: a dos tupiniquins! Quais bichos do mato, encarcerados nas suas viaturas, pedalando para não chegar com atraso aos seus empregos, a contas com desvios, voltas, reviravoltas, condicionamentos. Puzzles de solução difícil e onerosa a qualquer hora do dia, de muitos dias. Alto preço pagam os tupiniquins pela alegoria "festiva."
É um dever ético da organização deste evento, SEMANA do Mar, fazer muitíssimo melhor. Primeiro que tudo a salvaguarda harmónica do nosso povo "tupiniquins", depois os forasteiros que nos visitam. Mas a capacidade de fazer bem, não se vende, ou se tem, ou se teima em não ter, ou sofrem de decidofobia naif elevada ao cubo. Ou será desígnio divino? À cete égard !
Pôr um fim às restrições, proibições, libertar artérias deste "mau colesterol" imposto ao povo Faialense, facultar—lhe os motivos para festejar livremente a sua Semana do Mar, é prioritário. Primeiro nós, depois, e só depois, boas vindas aos forasteiros que desejem partilhar a alegria da festa livremente. Esta gratificante experiência já foi testada com resultados positivos, descontinuada sem justificação plausível. Não cabe na cabeça de ninguém que se interdite o livre acesso ao nosso melhor palco: Avenida Marginal e ruas limítrofes, acessos fundamentais ao correcto e saudável funcionamento dos pulmões desta cidade mar. Isto sim, é progresso saudável que deve ser cultivado, desenvolvido e acarinhado, em nome do povo e da sua belíssima cidade, que a comissão de festas se deve orgulhar de fazer reviver e partilhar com lucro garantido pela natureza ávida de mudança.
Obviamente fica provado que não dispomos de inteligência plausível, com capacidade de inverter o colapso. Que se importem mentes capazes de repor a ordem e progresso natural da festa, e, garantidamente, sobrará lucro para fogos de artifício, e da maior comemoração de todas : a liberdade de viver a festa sem grilhetas nem algemas.
Esta, é a "festa" dos tupiniquins.

(tupiniquins : [etnologia] pertencente ou relativo aos tupiniquins, antiga nação de índios brasileiros, no território da Bahia, actualmente ocupado.)

Vítor Jorge

sábado, 23 de julho de 2016

OS BUFOS

OS BUFOS

A palavra bufo na sua etimologia tem diversos significados nos dicionários de língua portuguesa. Nome masculino, na sua forma popular significa: pessoa que faz queixa dos outros, que denuncia os outros.
Nem as entidades divinas possuem nos seus exércitos arcanjos com capacidade depurativa desta praga humana perfeitamente dispensável, permanecendo evolutivamente a título de desígnio divino.
Sem constituir uma doença, é uma atitude humana próxima da esquizofrenia, da alienação horrenda do ego e da personalidade.
A sua história é tão antiga quanto a humanidade, na actualidade, motivada por determinados padrões sociais doentios, pessoas têm prosseguido nesta forma de aviltamento do ego na espectactiva de atingir o topo daquilo que entendem por "pirâmide social", a fórmula mais torpe de o conseguir, é , como é possível constatar, tornando-se num bufo especializado.
Comum aos dois sexos, embora explícito no masculino, prolífera epidémicamente em todas as áreas sociais. Sem identificação ou sinal que os defina, ou forma de os contabilizar, os bufos sempre constituiram uma "classe" social perversa e mesquinha na convivência com a honestidade e personalidade decentes, quer individualmente quer no colectivo. Aqui cabe a expressão " tanto é o ladrão, como o que fica ao portão", ou seja, o bufo delata alguém a outrém que por sua vez o consente para utilização pessoal ou colectiva, eis como se multiplicam estes vermes que se passeiam diariamente livres e disfarçados da mais imaculada inocência.
A covardia é o seu lugar comum, tola e velhacamente convictos que prestam um serviço que construirá os seus egos desfeitos em prodígios perante os sósias que se servem deles com igual perfídia delatando a seguir o seu venenoso "troféu".
São incontáveis as vítimas inocentes que estes bufos deixam pelos caminhos das suas existências necrófagas despojadas de qualquer sentido humano. As ditaduras utilizam-nos como polícias servis, lambe botas de sistemas políticos decrépitos, as democracias corruptas, o capitalismo, e cuide-se o leitor, que a seu lado tem imensos com residência fixa dispostos a tudo para bufar a sua existência aos quatro pontos cardeais.
Toda esta preocupante convivência tem como finalidade uma nova ordem social, segundo o parecer de alguns especialistas da regeneração humana, que evoluirá no sentido da sã convivência irmanada na bondade universal. Gostaria de partilhar o optimismo destes especialistas e acreditar na prática do bem e na total aniquilação e erradicação da face da terra desta terrível praga social. Até lá, confesso-me séptico e hermético aos bufos de qualquer etiologia.

Victor Jorge

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Voltei com o vento

VOLTEI COM O VENTO

O vento sopra para várias direções.

Em uma dessas direções

O vento me levou.

Assim como me trouxe de volta,

A casa que sempre me acolheu.

Não é que eu tenha escolhido ir.

Mas o destino se fez presente.

E não pude vencê-lo.

Levou-me para mais um desafio.

O desafio foi vencido e conquistado.

E lá do outro lado senti, saudades.

E a saudade me trouxe o vento.

O vento me trouxe de volta.

Hoje eu voltei!

Com o coração aberto e mais maduro.

Pronto para enfrentar novos convites

Vindo com o vento.

Mas não se preocupe se eu for.

Porque sempre estarei de volta.

Assim como vento vai e volta;

Eu também vou!

Levando lembranças.

E trazendo novidades.

A FLOR DE LIS *_*

quinta-feira, 21 de julho de 2016

ILHA


Tu vives - mãe adormecida- nua e esquecida, seca, fustigada pelos ventos, ao som das músicas sem música das águas que nos prendem...

Ilha: teus montes e teus vales não sentiram passar os tempos e ficaram no mundo dos teus sonhos - os sonhos dos teus filhos - a clamar aos ventos que passam, e às aves que voam, livres, as tuas ânsias!

Ilha: colina sem fim de terra vermelha - terra dura - rochas escarpadas tapando os horizontes, mas aos quatro ventos prendendo as nossas ânsias!

Amilcar Cabral

terça-feira, 19 de julho de 2016

O EGO COLECTIVO

O EGO COLETIVO

Trecho de “O DESPERTAR DE UMA NOVA CONSCIÊNCIA” Por Eckhart Tolle
(tradução Henrique Monteiro)

Até que ponto é difícil viver consigo mesmo? Uma das maneiras pelas quais o ego tenta escapar da insatisfação que tem em relação a si próprio é ampliando e fortalecendo sua percepção do eu. Ele faz isso identificando-se com um grupo, que pode ser um país, um partido político, uma empresa, uma instituição, uma seita, um clube, uma turma, um time de futebol, etc. Em alguns casos, o ego pessoal parece se dissolver completamente quando alguém dedica a vida a trabalhar com abnegação pelo bem maior de uma coletividade sem exigir recompensa, reconhecimento nem enaltecimento. Que alívio ser libertado da carga incômoda do eu pessoal. Os membros do grupo sentem-se felizes e satisfeitos, não importa quanto precisem trabalhar, quantos sacrifícios tenham que fazer. Eles parecem ter superado o ego. A questão é: será que se libertaram de verdade ou o ego apenas se mudou do plano pessoal para o coletivo? Um ego coletivo manifesta as mesmas características do ego pessoal, como a necessidade de enfrentamentos e inimigos, de ter ou fazer mais, de estar certo e mostrar que os outros estão errados, etc. Cedo ou tarde, essa coletividade entrará em conflito com outras coletividades porque busca inconscientemente o desentendimento e precisa de oposição para definir seus limites e, assim, a própria identidade. Depois, seus integrantes experimentam o sofrimento, que é uma conseqüência inevitável de toda ação motivada pelo ego. A essa altura, eles podem despertar e compreender que seu grupo tem um forte componente de insanidade. Pode ser doloroso acordar de repente e perceber que a coletividade com a qual nos identificamos e para a qual trabalhamos é, na verdade, insana. Nesse momento, há pessoas que se tornam cínicas ou amargas e, daí por diante, passam a negar todos os valores, tudo o que vale a pena. Isso significa que elas adotam rapidamente outro sistema de crenças quando o anterior é reconhecido como ilusório e, portanto, entra em colapso. Elas não encaram a morte do seu ego; em vez disso, fogem e reencarnam em outro. Um ego coletivo costuma ser mais inconsciente do que os indivíduos que o constituem. Por exemplo, as multidões (que são entidades egóicas coletivas temporárias) são capazes de cometer atrocidades que a pessoa sozinha não seria capaz de praticar. Vez por outra, os países adotam um comportamento que seria imediatamente reconhecido como psicopático numa pessoa. À medida que a nova consciência for surgindo, algumas pessoas se sentirão motivadas a formar grupos que a reflitam. E eles não serão egos coletivos. Seus membros não terão necessidade de estabelecer sua identidade por meio deles, pois já não estarão procurando nenhuma forma para definir quem são. Ainda que essas pessoas não estejam totalmente livres do ego, elas terão consciência bastante para reconhecê-lo em si mesmas ou nos outros tão logo ele se manifeste. No entanto, será preciso estar sempre alerta, uma vez que o ego tentará assumir o controle e se reafirmar de qualquer maneira. Dissolver o ego humano trazendo-o à luz da consciência – esse será um dos principais propósitos desses grupos formados por pessoas esclarecidas, sejam eles empresas, instituições de caridade, escolas ou comunidades. Essas coletividades vão cumprir uma função importante no surgimento da nova consciência. Enquanto os grupos egóicos pressionam no sentido da inconsciência e do sofrimento, as agremiações esclarecidas podem ser um vórtice para a consciência que irá acelerar a mudança planetária.

domingo, 17 de julho de 2016

NEBLINAS & TURISMO S.A.

Esta asfixiante e intermitente neblina em pleno mês de Julho, faz-me dor de cabeça. Abro as janelas, para as fechar imediatamente a seguir. Temo que a réstea de verão que sobra dentro destes quartos se escape. Saio para a rua, a impiedosa neblina não permite que o meu olhar ultrapasse os dez metros, outras vezes, nem tanto. Apoio os braços na janela da bruma, penetro como uma flecha na densidade asfixiante e depressora da bruma plumbea: o azul suave, a carícia do sol invadem-me, ergo esta orgia de sentidos nos meus braços, como se ergue um afogado para o transportar a terra firme, um tremor de emoção, contemplo o universo, pior melhor, não sei, respiro sol, azul, daria metade da minha vida por este tónico natural que ora me fortalece. Talvez não tenha sabido olhar, tenho os meus olhos apagados pela neblina, sou um cego honesto.
Não acreditem que os meus dedos me transmitem a paz roçando o pontilhado dos caracteres Braille, nas minhas leituras e preocupações sociais, o desassossego anula a estúpida tranquilidade que oferece a posse sem lutas, a persistência da densa bruma continua sendo um arpão na esperança democrática destas ilhas Açóricas.
Vislumbro além das neblinas: o povo que se bronzeia da densa névoa, aplaude de pé o progresso nebuloso à boleia das neblinas protectoras em que se firma evanescente.
A espessa densidade de fog cativa turistas! Quem diria! Tantos, que entopem as ruas dificultando o trânsito automóvel. Delicadamente imobiliza-se a viatura, sem progresso chega-se tarde ao emprego, ás necessidades de quem pretende suprir a existência. Nada! Ninguém se move um milímetro, por vias da lógica as viaturas automóveis vem equipadas com uma buzina que obrigatoriamente se faz soar mínima e delicadamente em fá sustenido para não quebrar o enleio e felicidade de quem amávelmente nos visita. Estala o caos, os visados entendem que pagaram o silêncio, as ruas, o fog, a ilha inteira. Partem para viatura visada com a agressividade a quem desfacelaram os tímpanos, insultam, pontapeiam, (inclusive senhoras) extremam-se posições e, por fim, lá se consegue a tão desejada progressão, agora depressiva na expectativa da próxima que poderá surgir ao voltar da esquina a seguir. Sem generalizar, não é lugar comum, mas cada dia há mais.
O turismo é desejável, mas nunca o seu futuro desorganizado. É possível a coabitação saudável de turistas e residentes desde que impere o respeito mútuo.
Surgem novas empresas pretensamente vocacionadas para o turismo, até para o científico, todas são dignas de aplausos, porém a desorganização flagrante, a cegueira do lucro fácil, constituem motivo de preocupação. Vender gato por lebre, ou comprar férias no paraíso, trás repercussões negativas a breve trecho, que ninguém modera ou acautela relativamente ao futuro turístico regional. Abram alas e siga a festa, vamos alugar as ilhas, exportar nevoeiro, manuais para turistas pedestres, viver para o Vaticano, subsistir de alugueres, e rezar terços em harmonia com o orgulho da fé(zada.)

Vítor Jorge
13/07/2016

ZAPPING À FLA

Queixa-se a FLA de um clima de medo instaurado na região que limita, segundo a mesma, a representatividade em todas as ilhas, assim como a participação pública das populações em qualquer evento desta organização separatista, e criminosa, que promete fortalecer e extremar posições no terreno em parceria com associações independentistas Europeias, entenda-se americanas.
É de bom tom conter os excessos de testosterona, até porque o Rambo e quejandos já passaram à história, as façanhas bombistas, os ataques covardes ao património, e as mariquices pseudo guerrilheiras também. A cobardia continua igual a quem a pratica, porém os cenários mudaram, o risco é por demais elevado aos agitadores da discórdia e da guerra.
Queremos paz e prosperidade.
O que à FLA não interessa, é o facto da não representação do desejo íntegro do povo Açoriano, que nunca representará, defendendo com unhas e dentes exclusivamente as elites capitalistas, ou sejam: eles próprios.
A FLA acredita que o produto do pescado nos mares da região basta à sua total autonomia financeira, acrescida da lavoura, derivados, turismo, alguns artesanatos, uns pózinhos de perlim pim pim, e das restantes misérias em que vive o povo destas ilhas.
As grandes propriedades privadas continuarão pertença dos dois ou três que sempre as dominaram, dominam, e continuarão a dominar com mão de ferro a escassa indústria e economia financeira Açoriana.
Se a riqueza dos mares Açorianos, a sua lavoura, indústria, e lavoures, nunca tiraram o povo da miséria, tem a FLA a solução milagrosa das gestões na rica imagem do Santo Cristo? Ou será que nas sujas mãos dos judeus agiotas que detém e mantém as únicas grandes fortunas seculares destas ilhas à custa da exploração vergonhosa deste povo? Emigrantes Açorianos bem sucedidos ( os que bateram de cabeça no el dourado) em território americano constituem os principais financiadores da FLA. Estarão dispostos ao regresso e a enterrar as suas gordas fortunas nos Açores? Em troca de quê? Nem mortos! Pretendem estes púdicos falsos salvadores dos Açores a anexação há sua querida pátria americana, com a finalidade única da manipulação, engordar o seus próprios impérios financeiros, uma fórmula suez de escravidão premeditada com comando à distância.
Os números de aderentes à causa independentista é visivelmente manipulado, não vai além do milhar de pessoas, com IVA, e por grosso, o que na realidade lhes preenche as "estatísticas" são os emigrantes que na sua larga maioria pretende cuidar da sua vidinha honestamente. Pessoas simples, instrumentalizadas na falsa crença do milagre que nunca existiu, nem existirá, simplesmente porque prevalecerão os outros que não vão em charopes independentistas destes curandeiros vendidos e vencidos desde sempre e para sempre. O falso argumento dos independentistas da FLA intenta a ideacão paranoide que Portugal não sobrevive sem as regiões autónomas não tem qualquer conotação com a realidade, antes pelo contrário, são as regiões autónomas que nunca se bastaram a elas próprias, dependendo dos orçamentos de estado do governo português, financeiramente, como é de domínio público! A origem do povoamento destas ilhas foi essencialmente portuguesa, uma razão mais do nosso orgulho português, aliás somos todos migrantes e emigrantes. Como pretende a FLA não somos um povo de Atlantes saídos das águas da lagoa das Sete Cidades, eis a diferença abissal que nos separa, somos e seremos para sempre Portugueses. Se a própria autonomia regional é uma farsa centralizada apenas numa ilha, como pretende a FLA anexar as restantes oito, como apregoa, em igualdade harmónica e "democrática", coisa que nunca foi nem será possível. O polvo sempre teve casa própria na ilha de S. Miguel, será sempre a partir de lá que estenderá os seus tentáculos usurpadores num interesse único e sempre que assim o entenda e convenha, porém sob a alçada da FLA a mais valia das "ilhas de baixo" seria um enorme lençol azul e branco com o símbolo da águia (não Açor) a arrochar oito ilhéus a desfraldar ás ventanias no ponto mais alto dos mesmos para a foto simbólica dos satélites da NASA. Grande orgulho Açórico o destes separatistas Cicoples! Estes deuses Gregos vivem no propósito passado e presente da exaltação do seu próprio ego e interesse, sem outra fórmula, despojada de qualquer virtuosidade pessoal, legal ou democrática. O SIS ( Serviço de Informação de Segurança) segue esta organização criminosa de perto, e bem, a única que deveria ser erradicada em definitivo de solo Autonómico. Fica-lhes bem os governos sombra em terras do tio Sam, ou outras, entre faustos banquetes e vivas à estupidez, que lá não tem limites, aqui tem, porque somos um povo de razões patriotas e honestidade inabaláveis.

Vítor Jorge

Exemplo da falsa valentia dos independentistas:

"Fontes próximas das chefias militares portuguesas garantem que a Marinha portuguesa desenhou um plano, e está preparada, para a invasão do mar dos Açores, caso ocorra uma proclamação unilateral do mar dos Açores como açoriano. Segundo as mesmas fontes, estudos científicos provam que uma percentagem significativa do mar dos Açores são lágrimas de Portugal, o restante sendo composto por sangue do tempo do tráfego de escravos e suor do trabalho roubado pelo colonialismo português."

Comentário ilustrativo

"uma reunião com o Trump ou com o Jinping  e queria ver esta força toda !!! marinha de merda !!!!!!"

MAR PROIBIDO

O maior erro de todos os governos, de todos os tempos, foi e será sempre a legislação de leis proibitivas e punitivas que incidem directa ou indirectamente sobre os mais pobres e carenciados. Sob a égide de "nobres" pretestos limita-se, proibe-se, extrapola-se, sempre visando os mesmos, sem escrúpulos dos danos causados às maiorias favorecendo inequivocamente as minorias. Este governo regional dos Açores não foge à regra, e pior, debita leis absurdas, sem sentido nem gota de respeito para com as tradições do seu povo, menos com as suas necessidades de subsistência nas mais variadas áreas, no caso presente, a pesca "no calhau", pomposamente chamada de lúdica. Primeiro foi a interdição da doca da Horta, sob pretextos desconexos.
Desde a sua construção ali viveram na melhor das harmonias movimentos de navios, aeronaves, etc. em alta escala, ( inexistente na actualidade)com o pobre que após um dia de árduo labor capturava algum peixe para suprir as necessidades alimentares das suas famílias que o magro salário não podia suster. Hoje como ontem as condições sociais não são favoráveis, aos mesmos de sempre com a agravante do elevadíssimo número de desemprego, salários miseráveis, reformas de fome visíveis, que a vergonha remete para "o calhau" na busca quiçá da única refeição do dia, negar-lhes essa única hipótese é o que este governo está a tentar implementar fazendo tábua rasa das realidades.
Para a concretização das proibições, faz-se valer este governo regional de um ror de nulidades, para justificar fins. A saber: motivo invocado, a proteção de áreas consideradas viveiros, de muitíssimas espécies piscícolas, e bem, segundo parecer do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores, solicitou ao Clube Naval da Horta parecer sobre o assunto, e para não ficar com as vastas mãos abanando, introduziu a autoridade marítima, e o seu consórcio regional Portos dos Açores S.A..
Os factos:
Os erros mor dos cientistas continuarão sendo os mesmos de sempre: concluir após os factos consumados. Onde estavam eles quando os atuneiros faziam e fazem isco entre os calhaus?! Não os vimos quando da atribuição de licenças de mergulho e a sua consequente delapidação diurna e noturna dentro desses viveiros naturais capturando tudo o que mexe entre os calhaus em escassos centímetros de água?! Desapareceram quando grupos de turistas de mergulho altamente equipados se lançam à água nos ditos viveiros, fazendo o mar em sangue para a fotografia dos troféus?! O elevadíssimo grau de poluição das nossas águas que vem desde muito a ameaçar os fundos marinhos e consequentemente as espécies não seria objecto de profundo estudo científico e combate emergente ?! Que qualidade de pescado ingerimos?! (os que tem possibilidade financeira de compra).
Muitíssimas questões nesta área da investigação científica continuarão sem respostas objectivas e esclarecedoras da população em geral, porque inconvenientes a uma governação que zela ciosamente os seus interesses, e dos industriais, castigando severamente quem mais necessita, e os que mais pagam as tropelias que lhes são impostas sob a fórmula de lei "protectora".
Aliás é visível o desnorte, quando se solicita o parecer do CNH sobre a aplicação das proibições de pesca lúdica. Não reconhecemos a esta entidade qualquer tipo de poder representativo da população Faialense, logo, a sua total nulidade em qualquer parecer desta natureza, por ser um clube com associados que tem dinheiro para pagar cotas. Repetimos não representam o povo que deveria ser ouvido por métodos democraticamente aceites. A cereja no topo do bolo vem com a consórcia Portos dos Açores S.A. entidade que não deve ser vista nem achada nesta questão, porém como se trata de um erro gravíssimo, mais um menos um, igual a zero.
Antes de terminar deixamos um desafio ao governo regional, e aos cientistas do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores: provem-nos, com ou sem ciência, que foram os pescadores à cana e anzol que provocaram ou provocam a delapidação piscicola em curso, se o conseguirem provar, tem a nossa garantia de que doravante passaremos à fase da contemplação costeira, queimando simbolicamente as canas linhas e anzóis, para de seguida cair em peso à mesa da assistência social.
Se temos deveres temos direitos como cidadãos Açorianos de pleno direito.
Quando o governo regional dos Açores vende o destino turístico Açores deveria acautelar interesses de todos os residentes. Resultado: vende-se gato por lebre, ou pagará sempre o mesmo que teve a infelicidade de aqui ter nascido. Que orgulho tem um Açoriano em o ser se lhe são proibidos os acessos a uma secular tradição de pesca com cana e anzol. Nenhum argumento o justifica, procurem os verdadeiros culpados e seremos todos felizes à luz dos direitos humanos. Até lá continuaremos a pescar para subsistir, contra tudo e contra todos, nem temos dinheiro para a coima e em consciência tranquilos.
Convém construir mais cadeias! Prisões já temos em excesso.

Vítor Jorge

PRISIONEIROS DA PUBLICIDADE

Um grande técnico publicitário, e meu amigo pessoal, escreveu há alguns anos um artigo para o jornal "A Capital" versando o tema "As NovasTécnicas de Publicidade".
Afirmou que os superlativos já não exerciam influência no público e que ás expressões " óptimo, único, perfeito," se preferem termos atenuados, "relativamente bom, eficaz na generalidade dos casos". Em alguns países, na actualidade, não porque se inspirem na psicologia de massa e sim para resguardar o público de fraudes a lei proibiu os anúncios que aliciavam os ingénuos: "a erva que neutraliza o cancro"; o sal que cura a epilepsia", " a loção que restitui a cabeleireira ..." Hoje diz-se: "eficaz como coadjuvante ... recomendável como complemento da cura ..."
Mas o público se lhe disser-mos demais acredita menos, e dizendo-lhe menos acredita mais; continua, pois, a comprar o sal, a erva, a loção; e o resultado é o mesmo. Submerso no "maelstrom" da publicidade, que lhe reduziu ao mínimo os textos dos publicitários, o leitor sofre, sem a avaliar, esta violência psicológica: "beba, compre, peça, prove!"
Lembro-me dum cartaz de propaganda em Paris onde três ou quatro pedestres apontavam, com uma risada escarninha, um passante trajado de modo ridículo, com o estigma da ideotice na cara. Eis um homem que ainda não viu Phi- Phi, dizia o letreiro, Phi-Phi era uma opereta; e os que ainda não a tinham visto reconheciam-se naquele anormal (como eu) que estava a par dos sucessos parisienses.
Um anúncio que impressiona sempre é o que aparece anulado por dois riscos em cruz. Mesmo quem não lê sistematicamente anúncios, lerá esse.
A perfeição máxima foi atingida pelo anunciante que, sob o título "Saltem estas linhas", dizia: "Não leram o título? Não viram que deviam saltar este trecho? Então porque teimaram em ler? "Se ainda não desistiram, perdem o tempo. É o momento azado para mostrar que são dotados de força de vontade bastante para desistir. Não compreenderam? Basta! Chegaram a meio e ainda continuam. Não sabem resistir à tentação de ler a linha seguinte. Ou resistem? "Não.
Bem dissemos nós.
"Sabem explicar o que lucraram com isso? Nada. Mas vocês procedem como se estivessem enfeitiçados. "Restam poucas linhas. Mostrem que tem força de vontade e parem. "Mas provavelmente são curiosos e perderão tempo, lendo até ao fim. Não é? "Então comprem ... "
Sofre o sistema nervoso comprometido pelas violências, pelos abusos, pelas obsessões da publicidade, cantada musicada, declamada através das ondas do éter, aconselhando o depurativo regenerador da circulação, garantida de artérias de papagaio, e longevidade correspondente. Estava eu a almoçar num restaurante da baixa Lisboeta com este meu amigo publicitário. O dono do local, mais hábil em preparar um "cozido à portuguesa" do que em destrinçar nós psicológicos, mostava-se alarmado pelo letreiro inaugurado pelos seus três concorrentes da mesma rua: "Aqui come-se melhor do que em Lisboa inteira". "Servimos pratos que não os há tão bons em todo o Portugal". "O restaurante onde se come melhor do que em todo o mundo". O pobre homem sabia que não é possível ir além do universo e não via como desbaratar os rivais. O meu amigo, mestre da publicidade, aconselhou: Escreva: "aqui come-se muito melhor que em toda a rua". Nesse ponto intervim eu, que não sou poeta menos técnico de propaganda: Pode fazer uma coisa muito mais simples. Escreva: "Aqui come-se".
Resultou! Para ele, e para mim. Ainda me lembro de ser obsequiado com três almoços grátis, e uma amizade que perdura até hoje, desinteressadamente.

Vítor Jorge 17/07/2016

(Deixo expresso o meu pedido de desculpas aos meus fiéis leitores(as) pelo facto do tema de hoje não ter incluído os nossos doentes, casos do vosso interesse pessoal, animais, etc. Recordo que cada caso é um caso e todos merecem a minha mais empenhada preocupação, excepção para casos específicos com os quais não se identificam. Lamento não ser à double face. À la tienne. Merci.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

À PEDRADA

                    À PEDRADA

Naquele tempo escribas e fariseus trouxeram à presença de Jesus uma mulher surpreendida em flagrante adultério, que segundo as leis de Moisés teria que ser apedrejada como punição do acto. Instaram Jesus a pronunciar-se sobre a questão, mas Jesus não estava para aí virado, escrevia com o dedo na areia, um método inteligente de fugir a questões pertinentes. Porém os tipos, que eram uns chatos do caraças, insistiram, ao que Jesus respondeu: o único de vós que não tiver pecado lance-lhe a primeira pedra, e continuou a escrever com o dedo na areia, talvez a redigir este ou outros erros bíblicos mais tarde impressos por Gutenberg.
A sós com a mulher adúltera Jesus perguntou-lhe se a corja não a tinha punido, ao que ela respondeu negativamente, então Jesus sentenciou: se eles não te castigaram eu também não o farei, e mandou a aflita dama em paz, desconhece-se no entanto se lhe terá recomendado mais recato nas futuras celebrações do corpo. Século XXI, a história repete-se, não com uma mulher, mas com um povo inteiro.
Os escribas e fariseus do governo regional dos Açores, desataram sem dó nem piedade, menos capacidade governativa, a lançar pedras por tudo o que é sítio e recanto: novo matadouro da Horta, placas, plaquinhas, plaquetas, e outras coisas de tretas, enquanto o essencial, o fundamental se degrada no tempo, por ter sido escrito na areia das cabeças que lhes deram o voto solene. Para progredir à que concretizar cada área, começar não acabar é o ponto de desordem deste governo regional. Cito apenas algumas áreas: Saúde e Coesão Social, Educação e Empregabilidade, Inovação e Investigação, Economia Tradicional, Economia Emergente, Qualificação da Democracia, Crescimento Sustentável e Coesão Territorial, Projeção Externa dos Açores, Atractividade Regional, Reforma de Autonomia. Apenas estes pontos sugeridos no boletim do governo regional "Prestar Contas". Nenhuma destas áreas governativas está condignamente actualizada em consonância com as realidades e necessidades do povo Açoriano.
Consolidar responsavelmente cada uma delas é o mínimo exigível num processo democrático comprometido para com o eleitorado. O povo sofre as consequências graves destas "meias de leite" simultaneamente alvo do lançamento de intensa e perfeitamente dispensável chuva de pedras como punição anacrónica.
No parlamento, e fora dele, há vozes coerentes que insistem e persistem na regulamentação democrática deste desnorte. São a voz do povo que sofre as realidades das "passas dos Algarves" que continua comendo o pão que o diabo amassou no silêncio dos medos, de uma subsistência falida de direitos fundamentais onde se arrancam a ferros deveres a uma pobreza que retira da boca para fartar injustiças sociais.
Humanos já não somos! Apenas um número, parte de uma equação matemática esquematizada escrita com o dedo nas areias dos nossos desertos de incertezas quotidianas.
"Coesos e unidos, e preservando a estabilidade social e política, somos capazes de avançar em nome do futuro dos Açores". Palavrões do actual presidente do governo regional dos Açores que ofendem e ferem profundamente todos os Açorianos apedrejados inocentemente, mas com um pecado sem remissão. Votaram PS.

Vítor Jorge
15/07/2016

quinta-feira, 14 de julho de 2016

NEBLINAS & TURISMO S.A.

NEBLINAS & TURISMO S.A.

Esta asfixiante e intermitente neblina em pleno mês de Julho, faz-me dor de cabeça. Abro as janelas, para as fechar imediatamente a seguir. Temo que a réstea de verão que sobra dentro destes quartos se escape. Saio para a rua, a impiedosa neblina não permite que o meu olhar ultrapasse os dez metros, outras vezes, nem tanto.
Apoio os braços na janela da bruma, penetro como uma flecha na densidade asfixiante e depressora da bruma plumbea: o azul suave, a carícia do sol invadem-me, ergo esta orgia de sentidos nos meus braços, como se ergue um afogado para o transportar a terra firme, um tremor de emoção, contemplo o universo, pior melhor, não sei, respiro sol, azul, daria metade da minha vida por este tónico natural que ora me fortalece. Talvez não tenha sabido olhar, tenho os meus olhos apagados pela neblina, sou um cego honesto.
Não acreditem que os meus dedos me transmitem a paz roçando o pontilhado dos caracteres Braille, nas minhas leituras e preocupações sociais, o desassossego anula a estúpida tranquilidade que oferece a posse sem lutas, a persistência da densa bruma continua sendo um arpão na esperança democrática destas ilhas Acóricas.
Vislumbro além das neblinas: o povo que se bronzeia da densa névoa, aplaude de pé o progresso nebuloso à boleia das neblinas protectoras em que se firma evanescente. A espessa densidade de fog cativa turistas! Quem diria! Tantos, que entopem as ruas dificultando o trânsito automóvel. Delicadamente imobiliza-se a viatura, sem progresso chega-se tarde ao emprego, ás necessidades de quem pretende suprir a existência. Nada! Ninguém se move um milímetro.
Por vias da lógica as viaturas automóveis vem equipadas com uma buzina que obrigatoriamente se faz soar mínima e delicadamente em fá sustenido para não quebrar o enleio e felicidade de quem amávelmente nos visita. Estala o verniz, o caos, os visados entendem que pagaram o silêncio, as ruas, o fog, a ilha inteira. Partem para viatura visada com a agressividade a quem desfacelaram os tímpanos, insultam, pontapeiam, (inclusive senhoras) extremam-se posições e, por fim, lá se consegue a tão desejada progressão, agora depressiva na expectativa da próxima que poderá surgir ao voltar da esquina seguinte. Sem generalizar, não é lugar comum, mas cada dia há mais casos.
O turismo é desejável, mas nunca o seu futuro desorganizado.
É possível a coabitação saudável de turistas e residentes desde que impere o respeito mútuo. Surgem novas empresas pretensamente vocacionadas para o turismo, até para o científico, todas são dignas de aplausos, porém a desorganização flagrante, a cegueira do lucro fácil, constituem motivo de preocupação.
Vender gato por lebre, ou comprar férias no paraíso, trás repercussões negativas a breve trecho, que ninguém modera ou acautela relativamente ao futuro turístico regional.
Abram alas e siga a festa, vamos alugar as ilhas, exportar nevoeiro, manuais para turistas pedestres, viver para o Vaticano, subsistir de alugueres, e rezar  terços em harmonia com o orgulho da fé(zada.)

Vítor Jorge 13/07/2016