Este blogue é tão-somente a minha “página” na Internet.Não sou o dono da razão, nem da verdade,sou mais um ser humano e tenho “defeitos” como todos os outros. A minha escrita por vezes, poderá ser cáustica, e satírica, escrevo assim por gosto, por amor incondicional pela escrita, natureza, humanidade, paz, liberdade, justiça social, e um mundo novo, exequível. Se o meu amor for "pecado" estou a residir no planeta errado ! BEM VIND@S A TOD@S QUE VIEREM POR BEM ! vitor jorge
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
SATÍRICO
16 MARÇO 2013, 11:21
Um primeiro ministro de um país já na banca rota convocou um dia o seu gabinete e dirigiu-se particularmente ao seu povo.
- ZÉ, visitou-me esta noite o génio da dúvida,e disse-me que não és um servo fiel . Peço-te, pois, uma prova:irás daqui a tua casa, matarás a tua mulher e trar-me-às a sua cabeça.
ZÉ levantou-se; meia hora depois, regressava e depunha aos pés do seu ministro um embrulho com a cabeça da esposa.
- Está bem; mas não basta - observou o ministro. - Preciso de outra prova.Volta a casa,mata teu pai e traz-me a cabeça.
ZÉ saiu; voltou ao fim de meia hora e pôs aos pés do seu ministro a cabeça do pai.
- Ainda não chega - tornou o ministro. - Preciso de uma derradeira prova: a cabeça de teu filho.
ZÉ afastou-se; ao cabo de meia hora,arremessava aos pés do ministro a cabeça do filho.
- Agora, creio deveras que sejas um servo leal - concluio o ministro.
E, com voz mais branda, falando de amigo para amigo,acrescentou:
- Esta manhã,vi no lago do teu jardim um lindo peixe de ouro e prata,vermelho e alaranjado. Dá-me esse peixe para o meu almoco.
A estas palavras,ZÉ desembainhou um punhal e cravou-o no peito do ministro. Antes que os guardas o levassem, deu a explicação do seu gesto:
- O ministro ordenou que matasse minha mulher: obedeci, , porque a autoridade está acima do amor.
Quando me mandou matar meu pai, obedeci, porque a autoridade é superior à afeição filial. Recebendo ordem de matar meu filho, obedeci, porque a autoridade vale mais que a carne da nossa carne.Mas o ministro pediu-me que lhe desse o lindo peixe de ouro e prata, para o comer estupidamente ao almoço. E matei o ministro, porque a autoridade não pode mais que a beleza.
Resposta de criminoso? De poeta? De esquizofrénico?
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